sábado, 6 de março de 2010

Sobre Amores e a Eternidade (Parte II)

...Voltamos aos riscos. Se você entendeu o raciocínio acima já deve fazer idéia de quais são os riscos sobre os quais eu estou falando, se não conseguiu acompanhar não tem problema, logo você vai entender. Aqui voltamos para outra parte do texto, o cenário negativo da amizade entre homem e mulher.
Levando em consideração o raciocínio acima podemos afirmar que um casal de amigos possa vim a se tornar um casal de namorados, no entanto existem outros fatores que podem atrapalhar nessa questão gerando essa idéia de que um casal de amigos não pode vir a ser namorados. O principal fator acaba sendo a própria amizade. Quantas vezes nós homens não escutamos “Não dá porque nós somos amigos”.
Qual é a lógica disso? Somos amigos, então não podemos namorar. Ué então o que você quer, quer namorar um inimigo? Obviamente não é isso, no entanto, as mulheres complicadas como são, não iria facilitar explicando – talvez porque nem elas mesmas saibam a lógica dessa desculpa – Elas querem que você entenda (Já percebeu que mulher sempre acha que nós devemos entender o que elas querem dizer?) por mais que seja impossível entende-las às vezes.
Caímos então no princípio, dessa vez não no princípio de tudo, apenas no princípio do texto, o titulo. Qual é relação entre Amores e a Eternidade? Nenhuma. Isso mesmo não existe relação. Por mais que sejamos doutrinados a acreditar que amores são eternos a verdade é que eles não são. Não temos como garantir que um relacionamento vá durar pra sempre. Se você quer mesmo ter aquela pessoa do seu lado pra sempre é melhor manter apenas na amizade. Amizades sim são eternas. Ainda assim não tenho o objetivo de desencorajar os amigos apaixonados, pelo contrario, acho que devem sim dizer o que sentem, expor o que estão pensando. Deve se arriscar.  
Quando elas dizem “Não dá porque nós somos amigos” elas só afirmam que amores não são eternos e que no fundo, por mais que elas queiram acreditar no contrario, elas sabem disso. Quando usam a amizade como desculpa, elas estão optando pela possibilidade de ter você eternamente ao lado dela, já que amizade é eternidade e não amor. Bonito não é? Muito bonito, mas muito chato também!
Não é melhor ter arriscado e no futuro pensar “eu tentei” ou então “foi bom ter dado certo por tanto tempo” do que se resguardar e sempre pensar “talvez tivesse dado certo” ou “se eu tivesse feito...”?
Portanto não deixe de dizer o que você quer por medo. Por medo de perder a amizade, medo de receber um não, medo de criar um clima chato. Talvez a amizade nunca seja o foi um dia, talvez você ouça o não, talvez fique um clima chato entre vocês ou talvez ela diga sim – talvez não ao primeiro “impacto” – Insista, depois do primeiro passo não adianta voltar atrás.
Por mais que as possibilidades de tudo dar errado sejam maiores, existe a possibilidade, a única possibilidade de que dê tudo certo. E uma única possibilidade positiva já vale os riscos.

Um comentário:

  1. Acomodados. Tendemos a deixar de dizer o que sentimos por sermos acomodados. Não queremos sair do formidável - e seguro - terrítório do "conhecido". Se tudo está bem, tudo bem! E eu pergunto: mas por que não ficar ótimo? Ou por que não ampliarmos nossa "área", ou mesmo mudar de terreno? Porque, como você disse, temos medo. Mas somente quando seguimos nossos desejos e corremos atrás daquilo que queremos - muitas vezes nadando contra a correnteza - que podemos sair do mundo das dúvidas para desfrutar a conquista e criar um novo "lar" mais parecido conosco.

    Bem, isso é o que eu acredito...

    Parabéns pelo blog! :D:D:D

    ResponderExcluir